sábado, 5 de dezembro de 2015

About time

Pode ser que o tempo não cure tudo;
Talvez seja mais fácil esperar;
Pode ser que o melhor seja agir;
Talvez, só o tempo saiba
Só o tempo responda...

domingo, 4 de outubro de 2015

Encarando o vazio...


Ela te disse que era problema. Ela avisou, gritou, criou muros, colocou até aquelas placas de aviso: "CUIDADO ÁREA PERIGOSA!",mas você, como sempre, ignorou.
"Ela não é flor que e cheire!", eles diziam, e você só ouvia "ela é flor". 
Um dia desses; um dia como qualquer outro; um daqueles dias em que sentavam na calçada pra ver o movimento da rua, você roubou um beijo, roubou o ar, roubou o que restava de paz, e ela não disse não. Você sorriu, você sorriu aquele sorriso branco, cheio de dentes, você sorriu aquele mesmo sorriso do dia em que se conheceram. 
Você sempre acreditou que iria preencher os vazios do seu coração, mesmo quando ela te dizia que não havia nada de encantador batendo lá dentro. E ela estava certa, no fundo os dois sabiam que ela estava certa. 
Até que num dia desses; um dia como qualquer outro; um daqueles dias em que sentavam na calçada pra ver o movimento da rua, você não encontrou o vazio. Você tentou sorrir, tentou gritar, quebrar os muros, roubar as placas, mas não conseguiu devolver a paz. Você finalmente ouviu o que eles diziam:"Porquê, ela não é flor, ela é erva daninha, ela mata aos poucos, ela rouba o que você tem de bom e depois vai embora, ela não é vazia, ela é ruim porque tem um coração cheio!". Eles estavam certos, eles sempre estão. 
Hoje é você quem encara o vazio; hoje ela é a personagem que sorri.
Acabou. Foi um bom filme, um bom roteiro, bom elenco, mas ela continua lá. Ela espera pelos créditos, ela espera que a sala esteja vazia, pra abrir os olhos. No final, seu vício era o vazio, aquela sensação de fim, aquela angustia, a sensação de estar só. Ela só quer encara o vazio. O seu vazio.
"O amor é suicídio", ela sussurrou antes de cair.

domingo, 12 de julho de 2015

O que me falta afinal?


"O que me falta afinal?" 
Encarei a tela do computador por uns trinta minutos antes de escrever essa pequena frase. Foram torturantes trinta longos minutos... Sabe aquela sensação de vazio que vem a noite e te impede de dormir? Nem isso eu tenho mais.
Talvez, o meu modo blasé de lidar com a dor tenha me tornado cética, fria, um tanto danificada, deficiente para com os outros sentimentos... Há quanto tempo eu não sei o que é me apaixonar?
Não falo apenas sobre me apaixonar por alguém, mas sim sobre me apaixonar por algo, qualquer coisa que prenda minha atenção o suficiente pra que eu possa depois ficar criando mil e uma insinuações...  Há quanto tempo eu não me sinto inspirada para escrever? Quem diria que até escrever, algo que eu fazia com constância, amor, prazer, algo que me deixava livre, leve, quem diria que até isso eu perdi... Aliás a perda tem sido frequente em minha vida ultimamente. 
Parece que tudo o que eu toco vai morrendo aos poucos...
A morte é algo engraçado, porque, ao mesmo tempo em que é a nossa unica certeza na vida, é o nosso maior medo.. Mas também não é sobre isso que quero falar.
Quero falar sobre mim, sobre a vida, sobre meus sentimentos adormecidos, sobre o tempo imenso que passei me preocupando com situações irreversíveis, que passei pensando odiar enquanto no fundo eu estava completamente apaixonada, quero falar sobre a falta que me faz quando o vazio era apenas um pequeno buraco escondido pelo sorriso, e que hoje me tomou por inteiro e não mais me incomoda. 
Queria voltar no tempo, mas não pra corrigir, mas sim pra ver, perceber onde foi que minh'alma se perdeu, pra que agora eu pudesse encontrá-la. Eu estou cansada. Cansada de não mais sentir, de sorrir pra tudo e todos, de não mais acreditar, cansada de ser tão fria, tão oca, tão insensível, tão cheia de muros...
Eu gostava de me perceber nos outros, gostava do meu reflexo nos seus olhos, gostava de ver meu reflexo em todos os olhos que passaram por mim. Hoje eu não me reconheço no meu próprio reflexo no espelho. Espelho esse que já foi meu melhor amigo e hoje me mostra uma mascara que vesti há tanto tempo que até parece fazer parte de mim.
Eu acabei de perceber que vivo muito para os outros, eu vivo para fazer os outros felizes. Passo tanto tempo cuidando, me preocupando, me doando para os outros, tentando ser uma boa filha, boa amiga, boa irmã, uma boa influencia, enfim, tentando ser perfeita para os outros que acabo me esquecendo de ser perfeita para mim. Quero dizer, não pode ser possível que depois de tudo,  depois de tanto tempo buscando minha independência sentimental, espiritual, e afins, não é possível, não quero crer que minha felicidade dependa tanto assim de um outro alguém. Isso não faz parte de mim ou melhor, eu não quero que faça parte de quem eu sou. 
O amor é um jogo mortal, não importa como ou por que, alguém sempre sai ferido. Certa vez ouvi dizer: "as árvores existem, o amor não" e isso mudou de certa forma meu modo de lidar com essa coisa que todos nós corremos atrás, mas que corremos quando ele está atrás de nós. Sei lá, talvez eu tenha uma leve tendencia masoquista, uma tendencia de querer o errado, o difícil, o dramático, o complicado, uma tendencia a querer sempre o que vai me machucar, pra depois ficar "curtindo" a dor, a perda, o vazio...
Dizem que os vilões não merecem ter o seu final feliz, será que eu sou um deles ou será que meu caso ainda tem solução? Talvez eu tenha criado minha própria maldição, talvez meu feitiço tenha virado contra a feiticeira... 
Talvez pela lei do retorno, "amaldiçoar" com o amor, te faça ser "amaldiçoado" por ele ou pela falta dele...
Ah, o amor... No fim é isso que me falta, é isso o que nos falta.
"Eu desejo que você ame tanto alguém, que só o fato de se imaginar sem essa pessoa te faça perder o ar. Desejo também que esse amor seja recíproco e  que você tenha toda as chances de vivê-lo. E então você terá o seu final feliz!"

sábado, 7 de fevereiro de 2015

It's a brand new me!

Já se perguntou se o caminho pelo qual você "decidiu" seguir era o certo? Eu venho me perguntando isso há um bom tempo... Mas simplesmente escolhi deixar rolar, afinal o que eu tenho a perder?
Não é fácil, não mesmo, porém ninguém disse que seria. Encarar a hora de crescer não é uma das sete maravilhas do mundo como eu sempre imaginei, mas até que crescer tem suas vantagens... Bom, pelo menos agora eu não sou mais tão criança a ponte de não entender certas coisas. O que abalou, não foi nem o fato de que agora eu sou ADULTA, mas sim o fato de não ser mais a princesinha do papai. Cá entre nós, eu não estava assim tão preparada para crescer, creio que até hoje não estou, é como viver duas vidas: A das responsabilidades (palavra que vem aparecendo constantemente no meu dia-a-dia), a vida cheia de compromissos, cheia de "faça isso", "vá atrás daquilo", "arranje um emprego" e por mais que tudo isso seja realmente necessário, eu sinto que ainda não me desprendi da "primeira vida" aquela em que eu super dependia dos meus pais para absolutamente tudo, confesso que aina não aprendi a andar com as minhas próprias pernas, me sinto como um bebê que está aprendendo a andar. Certa vez ouvi dizer que sim, nós somos bebês até o momento em que nossos pais soltam nossas mãos e nós conseguimos finalmente dar os primeiros passos sozinhos... Pois é, não há nada que possa fazer pra reverter esse quadro. Crescer é inevitável e necessário! Tenho que me acostumar com as mudanças, seja da escola para a faculdade, seja do tempo ocioso para o primeiro emprego... da menininha do papai para uma adulta responsável... É tanta coisa ao mesmo tempo que eu pergunto aonde está o manual de instruções da vida? Seria muito mais fácil se tivesse algo que explicasse como essa fase que é tão importante funciona. É óbvio que sempre poderei contar com meus pais para me esclarecer as dúvidas, mas sinto que é algo MEU, finalmente o meu primeiro desafio e esse é o mais difícil, é um desafio comigo mesma, e sei que estou pronta para encará-lo, é algo que tenho que fazer por mim! Realmente não é fácil estar a beira dos 18, mas também não é nem um bicho de sete cabeças... Se posso encarar um livro de Direito Penal de 1007 páginas, posso encarar os próximos sete dias que me separam dos marotos 18 anos!